A República Velha tem como característica principal o controle das oligarquias na política brasileira. A respeito das oligarquias desse período, Boris Fausto faz a seguinte definição: “Oligarquia é uma palavra grega que significa governo de poucas pessoas, pertencentes a uma classe ou uma família. De fato, embora a aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder foi controlado por um reduzido grupo de políticos de cada estado”.
CARACTERÍSTICAS:
• Coronelismo:
era uma prática
comum da Primeira República em que os coronéis (os grandes proprietários de
terra) exerciam domínio sobre as populações locais e utilizavam desses poderes
para garantir os votos necessários e, assim, atender os interesses da
oligarquia estabelecida e, consequentemente, do Governo Federal. O coronel
garantia esses votos a partir da distribuição dos cargos públicos (todos sob
seu controle) da maneira como lhe interessasse.
• Clientelismo:
pode ser definido
como uma prática de troca de favores entre dois atores politicamente desiguais.
Nesse conceito, não há necessidade de existir a figura do coronel, uma vez que
essa prática pode acontecer em diversas instâncias da sociedade. Nela, todo
favor concedido em troca de algo (cargo público, isenção fiscal etc.) dado por
um ente político superior cria uma relação de clientelismo com aquele que
recebe o benefício.
• Política do café com leite:
é um conceito clássico utilizado em referência ao acordo existente entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais a respeito da escolha dos presidentes. As duas oligarquias tinham um acordo de revezamento dos candidatos que concorreriam à presidência do Brasil.
- O voto de cabresto:
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