quinta-feira, 22 de outubro de 2020

GOVERNOS TOTALITÁRIOS: FASCISMO ITALIANO

 

FIGURA 01: SIMBOLO DO FASCISMO
 

O fascismo surgiu na Itália em 1919, quando Benito Mussolini criou a Fasci Italiani di Combattimento, grupo que, posteriormente, passou a chamar-se Partido Nacional Fascista. A ascensão do fascismo ao poder na Itália aconteceu em 1922, quando foi organizada a Marcha sobre Roma.

 A MARCHA SOBRE ROMA

Durante esse evento, milhares de fascistas de toda a Itália marcharam em direção à Roma, capital do país, para pressionar o rei Vitor Emanuel III a fim de que ele nomeasse Benito Mussolini como primeiro-ministro italiano.

A nomeação de Mussolini aconteceu e, em 1925, o primeiro-ministro italiano autoproclamou-se ditador da Itália.

O fascismo italiano é considerado o precursor do nazismo na Alemanha e, por conta disso, existem inúmeras semelhanças entre essas duas vertentes totalitárias. Entre as características do fascismo italiano estão: A Negação de valores modernos.  E controle total do Estado sobre a economia, política e cultura.

O fascismo governou a Itália de 1922 e 1945 e, durante o período entre guerras. Quando a Segunda Guerra Mundial iniciou-se, em 1939, italianos e alemães fizeram parte do Eixo, grupo que lutou contra os Aliados.

 

Símbolos do fascismo


O símbolo com um feixe de varas entrelaçadas em um machado foi o símbolo máximo do governo de Mussolini. Isso porque era similar ao instrumento utilizado no período do Império Romano que se associava ao poder e a autoridade. O machado com feixes de varas enroladas era utilizado pelo soldados romanos para punir. Outro significado do machado era a ideia de força e união. Veja outros símbolos do fascismo:


• Camisa negra: cor da roupa do uniforme fascista;

• Saudação: a forma de saudação entre os fascistas era com o braço direito levantado;
Jogadores da Itália fazendo a saudação fascista na copa do mundo de 1938.

 Lema: o discurso fascista propagava o lema de crer, obedecer e combater.


BENITO MUSSOLINI


 Figura 2: líder fascista Benito Mussolini 

A monarquia parlamentar italiana era liderada pelo primeiro-ministro, de matriz liberal, Giolitti. O principal partido que fazia oposição a Giolitti era o Partido Socialista Italiano (PSI), do qual Benito Mussolini foi membro até o momento em que apoiou a entrada da Itália na Primeira Guerra. Tal gesto contrariava as decisões do PSI, e Mussolini foi expulso da organização.

Em 1919, Benito Mussolini passou a articular uma nova organização de caráter paramilitar junto a ex-combatentes da Primeira Guerra Mundial. Tal organização recebeu, inicialmente, o nome de Fascio de combatimento, que remetia ao feixe de lictor (fascio de littorio), símbolo do poder do antigo Império Romano.

As roupas dos integrantes do Fascio era constituída de camisas negras sobrepostas por um uniforme militar. Em 1920, Mussolini transformou essa organização em partido político, criando assim o Partido Nacional Fascista, que disputou as eleições no ano seguinte, ocupando 20 cargos para deputados.

Nas eleições de 1924, os fascistas demonstraram toda a sua face totalitária. Mussolini havia criado uma milícia voluntária fascista para a segurança nacional, que pressionava as pessoas a votarem nos candidatos do Partido Fascista.

A partir de 1925, o regime fascista conseguiu promover a recuperação econômica da Itália. Criava também o sindicalismo corporativo para controle das organizações de trabalhadores e oligopólios empresariais que se articulavam com o controle estatal da economia. A Carta Del Lavoro (Carta do Trabalho) constituiu um dos instrumentos de controle do trabalhador italiano instituídos pelos fascistas. O principal órgão do regime de Mussolini era o Conselho Nacional Fascista, que deliberava sobre todos os assuntos de interesse político e econômico e exercia poder de determinar ocupação de cargos nas várias esferas do estado.

Mussolini assumiu o título de Duce, o que evidencia o traço de culto da personalidade. O regime fascista conduziu a Itália à Segunda Guerra Mundial, ao lado da Alemanha nazista.


 

Sugestões complementares:


https://www.youtube.com/watch?v=0DrIcTi3Lxo&feature=emb_logo



 


REPUBLICA VELHA: REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS.

 A República Velha tem como característica principal o controle das oligarquias na política brasileira. A respeito das oligarquias desse período, Boris Fausto faz a seguinte definição: “Oligarquia é uma palavra grega que significa governo de poucas pessoas, pertencentes a uma classe ou uma família. De fato, embora a aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder foi controlado por um reduzido grupo de políticos de cada estado”.

CARACTERÍSTICAS:




•          Coronelismo: 

era uma prática comum da Primeira República em que os coronéis (os grandes proprietários de terra) exerciam domínio sobre as populações locais e utilizavam desses poderes para garantir os votos necessários e, assim, atender os interesses da oligarquia estabelecida e, consequentemente, do Governo Federal. O coronel garantia esses votos a partir da distribuição dos cargos públicos (todos sob seu controle) da maneira como lhe interessasse.

          Clientelismo: 

pode ser definido como uma prática de troca de favores entre dois atores politicamente desiguais. Nesse conceito, não há necessidade de existir a figura do coronel, uma vez que essa prática pode acontecer em diversas instâncias da sociedade. Nela, todo favor concedido em troca de algo (cargo público, isenção fiscal etc.) dado por um ente político superior cria uma relação de clientelismo com aquele que recebe o benefício.

        Política dos governadores:
 Criada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias dominantes. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e o presidente da República. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte à candidatura presidencial e governabilidade (sustentação política parlamentar) durante o período de governo.

•          Política do café com leite: 

é um conceito clássico utilizado em referência ao acordo existente entre as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais a respeito da escolha dos presidentes. As duas oligarquias tinham um acordo de revezamento dos candidatos que concorreriam à presidência do Brasil.



  • O voto de cabresto
representou uma forma eleitoral impositiva e arbitrária imposta pelos coronéis.




SUGESTÃO DE VÍDEO


 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

REPÚBLICA VELHA OU PRIMEIRA REPÚBLICA

 


República Velha é o período da história do nosso país que se estendeu de 1889 a 1930. Os marcos que estipulam o início e o fim desse período são a Proclamação da República e a Revolução de 1930. Esse período é mais conhecido entre os historiadores como Primeira República.

Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente provisório. Em 1891, o marechal foi eleito presidente do Brasil para um mandato de quatro anos, mas renunciou ao cargo e foi sucedido pelo seu vice, o marechal Floriano Peixoto, que permaneceu no cargo até o ano de 1894. Esse período de 1889 a 1894, em que o país foi governado por dois presidentes militares, é conhecido como República da Espada.

República da espada: teve seu início quando os militares lideraram o país politicamente entre os anos de 1889 a 1894 O termo “Espada” faz referência à atuação dos militares

 

Como Deodoro tornou-se presidente do Brasil?

Foi a Proclamação da República que resultou na escolha do marechal como presidente brasileiro em 1889.  Foi criado um governo

provisório, e esse governo optou por nomear Deodoro da Fonseca como presidente do Brasil.

          Governo provisório: foi marcado por  uma questão importante dessa fase foi a preocupação governamental em substituir antigos símbolos monárquicos por novos símbolos republicanos. Para impedir que o território nacional se fragmentasse, foi aprovada a Grande Naturalização, isto é, a naturalização de todos os estrangeiros residentes no país naquela época.

 

CONSTITUIÇÃO DE 1891



A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891, ou Constituição de 1891, foi a primeira constituição republicana do país, promulgada em dois anos de negociações após a queda do imperador D. Pedro II. Inspirada no exemplo norte-americano e moldada pela filosofia francesa do positivismo e estabeleceu as principais características do Estado brasileiro contemporâneo, como:

·         Modelo presidencialista e federativo: autonomia e independência aos Estados

·         O voto direto: (não secreto/aberto):podiam votar apenas homens alfabetizados com mais de 21 anos. Além das mulheres, não podiam votar: menores de 21 anos, mendigos, padres, soldados e analfabetos.

·         Separação entre Estado e religião (laicidade): liberdade de culto.

·         Os três Poderes: executivo, judiciário e legislativo,

Uma vez promulgada a nova Constituição, foi realizada eleição presidencial indireta.

Os eleitos foram Deodoro da Fonseca, , e Floriano Peixoto, . Isso marcou o início do governo constitucional de Deodoro, mas essa fase durou só até novembro, uma vez que os crescentes desentendimentos do presidente com o Legislativo acabaram minando sua posição, fazendo com que ele ficasse sem apoio e acabou renunciando em 23 de novembro de 1889.

Seu vice, Floriano Peixoto, assumiu a presidência

O governo de Floriano Peixoto

Floriano Peixoto foi o segundo presidente brasileiro e governou o país de 1891 a 1894.

Ficou marcado na história como o “marechal de ferro”, por ter lidado com duas revoltas importantes: a Revolta da Armada e a Revolução Federalista.

O governo de Floriano era extremamente impopular entre os políticos liberais e outros grupos, como comerciantes e latifundiários, mas, entre as camadas pobres do país, Floriano Peixoto era um presidente extremamente popular. Isso se deve ao fato de ele ter procurado amenizar os efeitos do Encilhamento (crise econômica que afetou o Brasil na década de 1890) no país e tomado medidas que beneficiaram as camadas mais pobres.

Floriano foi “obrigado” a transmitir a presidência para Prudente de Morais (primeiro civil eleito presidente), candidato escolhido pela oligarquia paulista para assumir o país.