quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

IMAGENS DA ESCRAVIDAO ONTEM E HOJE


Foi o tema do trabalho apresentado na feira de Ciências e Cultura 2009 na Escola Estadual Pedro Teixeira, por alguns alunos da 6ª. Serie do turno da manhã.
Tendo como principais objetivos:
  • Proporcionar a analise, criticas, e interpretações de iconografias sobre as diversas formas de escravidão do Brasil.
  • Estabelecer comparações entre o papel dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos históricos da escravidão.
  • Estabelecer relações entre continuidade ou de permanência no contexto histórico da  escravidão.
  • Problematizar os processos históricos observados através de analise das ações dos sujeitos históricos.
  • Apresentação da produção através de analise iconográficas de épocas e atuais sobre a escravidão na feira de ciências.
Metodologia
O trabalho será desenvolvido a partir da leitura e analise de texto sobre a escravidão, pesquisas bibliográficas e de imagens sobre a escravidão.
A pesquisa será desenvolvida em dois blocos envolvendo escravidão negra e escravidão atual. As imagens serão principalmente de Debret e Rugendas. As cenas mostrarão o trabalho realizado pelos negros, como eles viviam suas vestes, como eram (mal) tratados pelos senhores, ou seja, os castigos e as formas de resistências escravas, isto é as fugas, organização em quilombos, suicídio entre outros. Da escravidão atual será mostrada algumas imagens de fotografias documentários, entre eles Roberto Ripper e Eduardo Martino e Ricardo Funari  que retratam as condições degradantes a que pessoas adultos e crianças  são submetidas na atualidade. A exposição foi realizada na feira de ciência nos dia 19/20 de outubro de 2009

Alguns trabalhos realizados pelos escravos:






  • Nas plantaçoes de cana-de-açúcar, Domésticos, Minas, Negro de ganho    ( como mostra a imagem acima) e nas plantações de café.
Castigos recebidos pelos diferentes e diversos motivos, como: preguiça, tentativa de fuga, embriaguez, roubo, etc.
Os castigos mais comuns eram:




Castigo Público , 1835  Rugendas

  • Pelourinho, máscara de flandres, chibatadas, tronco, os instrumentos de ferro, palmatória
RESISTENCIA
A violência legal e sistematicamente utilizada pelo branco como meio de submeter o escravo, gerava o medo, mas também a revolta e formas de resistência por parte dos escravos submetidos a tais castigos cruéis. A reação do escravo assumiu várias formas.






Batuque . 1835- Rugendas

  • Quebrando ferramentas, realizando tarefas vagarosamente, sucumbiam à tristeza, suicidavam-se, revoltavam-se contras os senhores: ferindo e até assassinando, fugiam, o aborto foi freqüentemente provocado pelas escravas para não verem seus filhos na mesma situação degradante delas e também como meio de prejudicar o senhor, sempre interessado no aumento do número de crias.A forma de resistência escrava mais temida pelos senhores era a fuga seguida da formação de aldeamentos coletivos, os quilombos.
 ESCRAVIDÃO ATUAL
Utiliza de “gatos” para aliciar trabalhadores em regiões distantes do local da prestação de serviços ou em pensões localizadas nas cidades próximas. No início mostram-se agradáveis, portadores de boas oportunidades de trabalho. Oferecem serviço em fazendas, com garantia de salário, de alojamento e comida. Para seduzir o trabalhador, oferecem "adiantamentos" para a família e garantia de transporte gratuito até o local do trabalho.
Tipo de escravidão: geralmente por dívidas, devidos às despesas com alimentação, ferramentas, transporte, alojamento.






   Área na margem da floresta Amazônica no estado do Pará, carvão queimado. É provável que a  terra será usada para cultivar feijão, soja ou criar  gado.2006, Eduardo Martino

Trabalhos realizados: derrubada de matas nativas para formação de pastos, produzirem carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias.
Principais motivos: pobreza, desemprego e miséria,
Condições de trabalho
  • Os alojamentos não oferecem nenhuma segurança ou conforto.
  • Falta de Saneamento
  • Alimentação precária
  • Maus tratos e violência
  • Sem equipamentos de proteção
 TRABALHO INFANTIL
 Os motivos do trabalho infantil podem ser encontrados e relacionados à pobreza de suas próprias famílias. O desemprego, a divisão injusta de terra, o endividamento e a queda dos preços de matéria prima, podem levar muitas famílias à dependência da renda produzida pelo trabalho infantil. Em muitas regiões, a falta de segurança social e a diminuição das despesas sociais por parte das autoridades locais têm uma ligação direta entre a exploração da força de trabalho das crianças e o desenvolvimento da economia mundial.
Aproximadamente 126 milhões de crianças trabalham em atividades que são denominadas como formas perigosas de trabalho infantil. Entre elas:

  • A escravidão;
  • O comércio infantil;
  • A servidão por dívida e a condição de servo;
  • A prostituição;
  • Outros trabalhos que, por sua natureza, prejudiquem a saúde, a segurança ou a moral das crianças.
No Pará os locais de trabalhos de crianças que vivem em condição subumana










“Esta imagem é mais um registro da exploração da mão-de-obra nas minas de carvão de Ribas do Rio Pardo-MS” João Roberto Ripper




  • Lixão (catadores de lixo)
  • Feiras Livres (carregadores e vendedores de frutas e de peixes, ambulantes)
  • Carvoarias (construtores de fornos, ensacadores e carregadores de carvão)
  • Praças Públicas (flanelinhas - guardadores de carro, ambulantes, etc...)
  • Mercados Municipais (carregadores de mercadorias, vendedores em geral, etc...)
  • Orla Fluvial (engraxates, pequenos comerciantes, ambulantes em geral, etc...)
  • Manguezal (tiradores/coletores, catadores e vendedores de caranguejo)
  • Agricultura (roça, plantação e colheita de produtos agrícolas).
  • Pesca (pesca em geral, coleta e catação de mexilhão);
  • Olarias (coleta e transporte do barro até a confecção do produto final como, telhas e tijolos).
  • Indústria (serrarias, olarias, madeireiras, panificadoras, etc...)
  • Serviços (matadouros, lava jato, oficinas mecânicas, etc...)
Acidentes devido às condições de trabalho inaceitáveis
Com freqüência, as marcas deixadas nas crianças em conseqüência do trabalho pesado e, em muitas vezes, perigoso não têm como passar despercebidas:

  • Braços ou pernas quebradas;
  • Queimaduras;
  • Doenças de pele;
  • Cegueira;
  • Surdez;
  • Problemas respiratórios, dor de cabeça e de estômago.

Referências Bibliográficas

Pesquisa Trabalho Infantil Doméstico em Casa de Terceiros em Belém do Pará- Brasil,  CEDECA - EMAÚS .

Kok.Gloria Porto. A escravidão no Brasil colonial. Editora: SARAIVA. São Paulo, 1997.


MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. 3ª ed., São Paulo: Brasiliense, 1990. 

RUGENDAS, Johann-Moritz. Viagens pitorescas através do Brasil. São Paulo: Martins-EDUSP, 1972.

BRASIL, Ministério do Trabalho e do Emprego. Mapa de Indicativos do Trabalho da
Criança e do Adolescente no Brasil. 1ª edição. Brasília: MTE. 2005.

INSTITUTO OBSERVATÓRIO SOCIAL. “A idade da pedra: um ano depois. In:
Revista Observatório Social. Instituto Observatório Social, SP, nº 9, jan. 2006.

INSTITUTO OBSERVATÓRIO SOCIAL. “Trabalho escravo no Brasil. In:
Revista Observatório Social. Instituto Observatório Social, SP, nº 6 jan. 2004.



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