Os relatos dos viajantes vão compor importantes documentos tanto para a História como para outras áreas do conhecimento. Visto que os naturalistas vão escrever o que ouviram, o que viram e estudaram sobre a região.
No entanto, o viajante traz uma postura do civilizado diante do povo que considera “atrasado” e acaba avaliando o grupo visitado e seus valores, como estranhos ao observador, tendo visões fragmentadas da realidade na qual visita. Entre os viajantes podemos destacar:
Alfred Russel Wallace, e sua obra “Viagens pelos rios Amazonas e Negro”
A obra narra a viagem do naturalista pela região amazônica. Na chegada a Belém em 1848, e fez uma descrição geral da paisagem luxuriante. Destacou a presença de negros e índios tripulando canoas. De acordo com seus relatos, Belém é o porto principal e a maior cidade da região na época. Ressalta também os grandes bispados, e sua missão em converter ao cristianismo as inúmeras tribos selvagens próximas à cidade. Segundo ele a igreja, os edifícios públicos são comparáveis ao da Inglaterra.
Apesar disso há certo desencantamento sobre o que esperava e tinha imaginado sobre a cidade. Wallace ressalta que os costumes do povo não eram tão ardentes, a vegetação não era tão espantosa. A impressão que o naturalista tem é de uma cidade feia, com rocinhas que a cercam. A falta de asseio impera, com uma aparência de descuido, desleixo, negligencia e desânimo. Todos esses fatores podem ser compreensíveis na medida em que, segundo Wallace, são influências do clima.
Bibliografia
WALLACE, Alfred Russel. Viagens pelos rios Amazonas e Negro. Belo horizonte, Itatiaia, S. Paulo, Universidade de São Paulo, 1979.
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