segunda-feira, 17 de maio de 2010

Música e a resistência escrava norte americana I


No final do século XVIII, havia nos Estados Unidos uma grande diferença entre as regiões Norte e Sul. Ao Norte estavam às indústrias, o comércio e as propriedades agrícolas de pequeno porte. O Sul abrigava o latifúndio, a monocultura baseada na mão de obra escrava de origem africana. A sociedade sulista americana possuía praticamente, duas camadas sociais: a poderosa aristocracia agrária e a massa de escravos. Estes eram tratados da pior forma possível e trabalhavam nas plantações de fumo e algodão.
Os negros levados para a América eram portadores de uma antiga carga musical. E quando a música vinda da áfrica se chocou com os rituais europeus (polca, musica clássica e marcha) que já estavam na América surgiu a forma embrionária do jazz. Os negros assimilaram os ritmos europeus e o reconstruíram dentro de seus próprios preceitos.
A musica chamada jazz surge em torno de 1885, e se caracteriza, além do uso freqüente de improvisações, pela ruptura com as tradições ocidentais. Conservando, portanto, a memória, os cantos e as danças de origem africana, que em contato com o protestantismo do sul passam a ter uma maneira própria e original.
Em sua maioria os músicos de jazz não eram leitores, mas podiam ler a música em tudo, resultando numa forma espontânea de tocar que capturava a alegria e o sentido que davam a realidade.

O conjunto de Buddy Boldem parece ter sido a primeira orquestra negra de jazz a tocar nas tabernas de New Oleans. No entanto o mesmo jazz era tocado nas festas campestres, nos piqueniques, nos enterros e no carnaval.

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