sábado, 19 de dezembro de 2009

BELÉM DE OUTRORA

Na sua obra, Beltrão analisa a cidade de Belém através dos relatos de viajantes como Bates e Wallace.
Nestes escritos se percebe a cidade de Belém descrita nestes relatos. Que começa pela descrição do porto de entrada da cidade que segundo Bates são apenas rampas de madeira, portanto há necessidade de porto, pois a ausência deste dificultava inclusive a execução de medidas preventivas em relação a doenças, já que não existia um cordão sanitário em torno do porto. Levando a população a enfrentar sistematicamente epidemias, febre amarela, varíola e cólera.
Isto também poderia levar a conseqüência mais graves como o rompimento de relações econômicas que poderia comprometer o abastecimento da cidade.
Outras questões também destacadas aos olhos dos viajantes como, por exemplo, o desemprego a desordem, que segundo Bates, levam muitos negócios ao fim. Há uma diversidade étnica, com predomínio do mestiço descendente de índios. Havendo também negros, mulatos, judeus e outros. Portanto a uma significante desigualdade social.
Os olhares impertinentes e disciplinadores revelam o aspecto insalubre de Belém, bem como a intemperança da população, com hábitos alimentícios desaconselhados, a morigeração e etc.


BELTRAO, Jane Felipe. Belém de outrora em tempo de cólera, sob olhares impertinentes disciplinadores. In: Anais do Arquivo Público do Pará. Belém, 1977, pp. 225-141.

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